Centrais Sindicais realizam encontro na CTB-RS e convocam ato em defesa do Salário Mínimo Regional

Na manhã desta terça-feira (20), lideranças sindicais reunidas na sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio Grande do Sul (CTB-RS), em Porto Alegre, deliberaram uma série de ações em defesa do reajuste do salário mínimo regional. A principal deliberação foi a realização de um ato público na próxima terça-feira, 27 de maio, às 8h, em frente ao Palácio Piratini, para cobrar do governador Eduardo Leite o envio em regime de urgência do projeto de lei que trata do reajuste do piso estadual.
Segundo o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, as centrais sindicais reivindicam um reajuste de 10,45%, composto pela inflação acumulada de 5,32% e o crescimento do PIB gaúcho em 2024, que foi de 4,87%. “Esse índice representa uma reposição parcial das perdas dos últimos anos, que já somam 17,3%. É uma correção necessária para manter o poder de compra dos trabalhadores e valorizar quem movimenta a economia do estado”, afirmou o dirigente.
Ele também destacou que, de acordo com a lei aprovada no ano passado, a data-base para o reajuste do mínimo regional é 1º de maio, e para que isso se concretize ainda este ano, é fundamental que o projeto seja encaminhado imediatamente à Assembleia Legislativa em regime de urgência.
Além do ato no Piratini, as centrais estão em diálogo com parlamentares para a realização de uma audiência pública nas próximas semanas, com o objetivo de debater a criação de uma política permanente de valorização do mínimo regional.
Apoio ao Plebiscito Popular
Outro ponto importante debatido durante o encontro foi a integração das centrais sindicais e movimentos sociais à campanha do Plebiscito Popular 2025, que tem como bandeiras principais o fim da escala de trabalho 6×1, a redução da jornada para 5×2 e o reajuste da tabela do Imposto de Renda com a taxação das grandes fortunas.
Segundo Vidor, essas pautas dialogam diretamente com a luta por justiça social, melhoria das condições de vida dos trabalhadores e combate às desigualdades. “O Plebiscito é uma ferramenta democrática que fortalece o diálogo com a população e pressiona o Congresso por medidas urgentes e justas. Precisamos estar mobilizados e unidos nessa construção coletiva”, concluiu.
As mobilizações seguem firmes nos próximos dias, com agendas de articulação política e de rua. As centrais convocam todas as categorias para se somarem à luta.