Entidades do agro gaúcho articulam criação de Fundo do Agro em reunião na Casa Civil
 
			
    A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) participou, nesta semana, de uma reunião com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, para tratar de pautas estratégicas relacionadas ao endividamento rural, ao seguro agrícola e à reconstrução produtiva do Estado após os eventos climáticos extremos.
O encontro reuniu as principais entidades representativas do setor agropecuário gaúcho — Fetag-RS, Farsul, Ocergs, FecoAgro e Federarroz — e contou com a presença do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Márcio Madalena, e do secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Edmilson Pelizari, que acompanharam as discussões sobre as medidas estruturais necessárias para dar suporte ao produtor rural.
Durante a reunião, foi encaminhado que o Governo do Estado buscará construir um “Fundo do Agro”, nos moldes do Fundesa, com o objetivo inicial de equalizar o prêmio do seguro rural. A proposta está alinhada ao Projeto de Lei nº 380/2025, de autoria do deputado Elton Weber, atualmente em discussão na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS).
Em uma etapa posterior, o fundo deverá evoluir para atuar como instrumento de funding, ampliando a disponibilidade de crédito e fortalecendo as linhas de financiamento destinadas aos produtores gaúchos. A medida é vista pelas entidades como essencial para garantir segurança produtiva, estabilidade financeira e resiliência econômica ao setor agropecuário do Estado.
O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, destacou que a criação do Fundo do Agro é uma iniciativa estratégica para reduzir a vulnerabilidade dos agricultores e pecuaristas familiares e reforçou a importância da atuação política dos parlamentares:
“O fundo pode se tornar uma ferramenta importante para proteger quem produz de forma sustentável e garantir condições mínimas de estabilidade financeira no campo. É fundamental que as políticas públicas considerem a realidade dos agricultores e pecuaristas familiares e assegurem que o crédito e o seguro cheguem de forma acessível a todos. Além disso, chamo a atenção dos parlamentares gaúchos, tanto na Câmara quanto no Senado, para que usem sua força política e resolvam de uma vez por todas os problemas dos nossos produtores. Isso passa, principalmente, pela renegociação das dívidas. Sem essa medida, muitos agricultores ficarão fora do Plano Safra deste ano e da próxima safra”, afirmou.
As entidades também ressaltaram a importância da união e da força política da bancada gaúcha no Congresso Nacional para o avanço das pautas prioritárias do campo — entre elas, a flexibilização das garantias exigidas pelos bancos para crédito rural, a utilização do Fundo Social do Pré-Sal para repactuação de dívidas e a inclusão da safra 2024/2025 na MP 1314/202.
 
                             
						                     
                 
                                     
                                    