FECOSUL participa de reunião nacional da CNTC para combater a precarização do trabalho no setor do comércio e serviços

 FECOSUL participa de reunião nacional da CNTC para combater a precarização do trabalho no setor do comércio e serviços
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A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (FECOSUL) participou ativamente, no dia 28 de agosto, da reunião do Grupo de Trabalho Sindical (GTS) da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC). O encontro teve como objetivo organizar ações coordenadas em defesa dos direitos da categoria e enfrentar os crescentes processos de precarização nas relações de trabalho no setor de comércio e serviços.

A reunião marcou o início de uma nova etapa de mobilização nacional articulada pela CNTC, com a participação de todas as federações filiadas. Conforme destacou Guiomar Vidor, presidente da FECOSUL e vice-presidente da CNTC — além de um dos coordenadores do grupo de trabalho — o momento exige unidade e protagonismo das entidades sindicais diante do agravamento das condições de trabalho.

“Nosso papel é ouvir a categoria, mapear os principais problemas e apontar caminhos concretos para reverter o cenário de precarização. Esse é um esforço coletivo e urgente”, afirmou Vidor.

Mapeamento nacional dos problemas enfrentados

A iniciativa prevê a realização de debates regionais e consultas internas com os sindicatos de base em todo o país. A partir desses encontros, cada federação deverá elaborar um relatório detalhado sobre os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras do setor, destacando impactos, medidas já adotadas e sugestões de atuação.

Entre os principais pontos de atenção levantados até o momento estão:

1.  Terceirização irrestrita, que fragiliza vínculos e direitos trabalhistas;
2.  Pejotização, que impõe falsos modelos de autonomia;
3.  Trabalho a tempo parcial, muitas vezes com remuneração insuficiente;
4.  Trabalho intermitente, que impede previsibilidade de renda;
5.  Banco de horas, utilizado de forma abusiva em muitas empresas;
6.  Trabalho aos domingos e feriados, sem contrapartidas adequadas;
7.  Condições de trabalho dos movimentadores de mercadorias, que exigem maior regulamentação e proteção.

Próximos passos: escuta, articulação e propostas concretas

O prazo estipulado para a conclusão dessa primeira fase de escuta e sistematização é de 30 dias. Após esse período, será realizado um encontro nacional com a participação de representantes sindicais, assessorias jurídicas, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Justiça do Trabalho e outras entidades técnicas.

O objetivo é debater os relatórios regionais e construir propostas concretas de enfrentamento à precarização, fortalecendo a atuação sindical na negociação coletiva, na incidência institucional e na formulação de políticas públicas voltadas à proteção da categoria.

A FECOSUL reafirma seu compromisso com a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras do comércio e serviços e destaca a importância da mobilização das suas entidades filiadas nesse esforço nacional de resistência e transformação.


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