FETAG-RS destaca importância de programas estaduais para recuperação da agricultura familiar no RS e cobra agilidade na execução

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS) considera de extrema relevância os dois novos programas lançados pelo governo estadual nesta terça-feira (10), no Palácio Piratini, voltados à recuperação da agricultura familiar: o Programa Extraordinário de Recuperação das Lavouras de Milho e Sorgo – MILHO 100% e a Operação Terra Forte. Juntos, os programas somam um investimento inicial de R$ 480 milhões e fazem parte do Plano Rio Grande, iniciativa estruturante voltada à reconstrução do estado após os eventos climáticos extremos.
Com R$ 180 milhões destinados ao fortalecimento das lavouras de milho e sorgo, o MILHO 100% buscam garantir a retomada da produção nas propriedades afetadas por estiagens e enchentes, especialmente nas culturas que são base da alimentação animal e essenciais para a produção de leite e carne. Já a Operação Terra Forte, com R$ 300 milhões de investimento via Fundo de Reconstrução (Funrigs), foca na recuperação de solos e na implementação de práticas sustentáveis, com ações como diagnóstico técnico das propriedades, assistência da EMATER/RS-Ascar, uso de patrulhas mecanizadas e disseminação de tecnologias de baixo carbono.
A FETAG-RS ressalta que o Programa Terra Forte foi uma solicitação direta da entidade ao governador Eduardo Leite, durante evento promovido pela própria Federação, no qual o chefe do Executivo esteve presente. Para a entidade, o atendimento dessa demanda demonstra a força do diálogo com o governo estadual e o reconhecimento da importância da agricultura e pecuária familiar para a reconstrução do Rio Grande do Sul.
O presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, destacou a relevância das medidas e a necessidade de expansão dos recursos.
“Esses programas chegam em um momento crítico e vão ajudar muitas famílias do campo a recomeçar. O milho e o sorgo são fundamentais para a cadeia do leite e da carne, e o cuidado com o solo é essencial para garantir produtividade e sustentabilidade no futuro. Mas ainda precisamos ampliar os valores disponíveis para que mais agricultores e pecuaristas familiares sejam contemplados e a recuperação chegue a todas as regiões atingidas”, afirmou.
A FETAG-RS também defende que a operacionalização dos programas ocorra com agilidade, de forma desburocratizada e com ampla participação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural, além de reforço no papel técnico da EMATER.
“A Federação seguirá atenta, dialogando com o governo do Estado para garantir que essas políticas públicas se tornem efetivas, com resultados concretos para quem vive da agricultura e pecuária familiar e é responsável por grande parte dos alimentos que chegam à mesa da população gaúcha”, concluiu o presidente da federação.