Mobilização regional pelo fim da escala 6×1 e redução da jornada sem redução dos salários

 Mobilização regional pelo fim da escala 6×1 e redução da jornada sem redução dos salários
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O Comitê Pela Democracia, representando as regiões do Vale do Paranhana e Encosta da Serra, realizou nesta segunda-feira (02) uma reunião estratégica na sede do SINDICOM, Sindicato dos Comerciários de Taquara e região, filiado à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O encontro reuniu lideranças políticas, sindicais e comunitárias, consolidando esforços em torno de duas pautas prioritárias: o fim da escala de trabalho 6×1 e a redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

O evento contou com a participação de importantes lideranças: Adão Pretto Filho (Deputado Estadual – PT); Rodrigo Callais (Secretário Nacional de Juventude da CTB) e Mônica Facio (Vereadora eleita pelo PT em Taquara). Representantes de diversos partidos, como PT, PCdoB e PV, também marcaram presença, além de sindicatos regionais como CPERS, SINTRAJUFE, SINTRAHG, Bancários e Municipários de Parobé. A ampla participação reforçou a pluralidade e relevância da discussão.

Foi debatida a necessidade de ampliar o movimento para o nível estadual, articulando ações regionais e estratégias para viabilizar mudanças concretas no Vale do Paranhana.

Como deliberado anteriormente, foi apresentada e debatida a minuta de um manifesto unificado, que recebeu sugestões para inclusão de pautas sociais, como o impacto positivo das mudanças na conciliação entre trabalho e cuidado com crianças, idosos e pessoas com deficiência.

Manifesto: Dignidade no Trabalho

O texto final do manifesto foi aprovado e reafirmou o compromisso com a defesa do fim da escala 6×1, garantindo ao trabalhador o direito ao descanso, convívio familiar e oportunidade de qualificação. A redução da jornada de trabalho sem redução de salários, como forma de promover o bem-estar, a inclusão social e o desenvolvimento econômico. E a valorização do trabalho feminino, juvenil e da população negra, historicamente marginalizados no mercado de trabalho.

O manifesto também destacou que essas mudanças podem aumentar a oferta de empregos, fortalecer a previdência social e inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento no Brasil.

Próximos passos

O Comitê reforçou a necessidade de mobilização contínua e planejou novas ações para pressionar o Congresso Nacional pela aprovação da mudança legislativa. A união entre lideranças políticas, entidades sindicais e movimentos sociais foi destacada como essencial para o sucesso dessa luta.

Convocação à comunidade

O Comitê pela Democracia concluiu o encontro convocando os moradores do Vale do Paranhana e região para se engajarem nesse movimento. A luta pelo fim da escala 6×1 e pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial é um passo importante para a construção de uma sociedade mais justa e digna.

MANIFESTO:

Fim da escala 6×1

Trabalhar para VIVER em vez de viver para TRABALHAR

As entidades e movimentos sociais abaixo elencados vêm a público manifestar apoio à proposta que prevê o fim da escala de trabalho 6×1, sem redução de salários.
A redução da jornada de trabalho é, sim, possível, justa e necessária. É preciso diminuir a jornada exaustiva de 44 horas semanais, muitas vezes ultrapassada pelo banco de horas, por acordos individuais impostos pela reforma trabalhista e pelas terceirizações, que transformam trabalhadores em PJs.
Listamos algumas situações e vantagens e queremos contar com a compreensão e o apoio da comunidade do Vale do Paranhana. Precisamos nos posicionar para transformar essa luta em realidade.
•⁠ ⁠Devolver ao trabalhador e à trabalhadora a dignidade que o trabalho representa;
•⁠ ⁠Abrir vagas para novos postos de trabalho, especialmente para a juventude e a população acima dos 40 anos;
•⁠ ⁠Garantir às pessoas o direito ao descanso, ao convívio familiar, à oportunidade de estudar e ao usufruto do lazer;
•⁠ ⁠Proporcionar às mulheres — responsáveis pela chefia de 50% dos lares brasileiros — uma jornada de trabalho mais humanizada;
•⁠ ⁠Incluir e promover a população negra trabalhadora, historicamente discriminada e explorada no mercado de trabalho;
•⁠ ⁠Viabilizar o cuidado de crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência e doenças graves, que é negligenciado na escala 6×1;
•⁠ ⁠Distribuir os ganhos de produção e lucro de maneira a melhorar a vida de quem trabalha;
•⁠ ⁠Inaugurar um ciclo de desenvolvimento econômico e social que coloque o Brasil na dianteira mundial do emprego;
•⁠ ⁠Fortalecer o sistema público de previdência e seguridade social com a entrada de mais trabalhadores no mercado formal de trabalho;
Essas situações e expectativas comprovam que a redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, é viável. Portanto, precisamos unir forças para assegurar que o Congresso Nacional aprove a mudança da lei, beneficiando trabalhadores, a economia e a sociedade.


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