Mulheres debatem desafios para sua organização
A Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Assalariadas Rurais está presente no 3⁰ Congresso Estadual da FETAR-RS com lideranças de várias regiões do Estado. Elas debateram os Desafios para a Organização das Assalariadas Rurais no Rio Grande do Sul, tendo como sub-temas: Análise de Conjuntura e Mercado de Trabalho das Assalariadas na Cadeia Produtiva; quais os três principais desafios para a organização das mulheres; os caminhos para superá-los e quais parcerias são viáveis.
A coordenadora estadual de Mulheres Assalariadas Rurais da FETAR-RS, Maria Felícia da Luz e Castro, destacou a importância da comissão para lutar por direitos. Além disso, ela recebeu algumas demandas de sindicatos para fortalecer os trabalhos com as mulheres assalariadas rurais.
GRUPO DE TRABALHO
Quais os três principais desafios/entraves para a organização das mulheres no Estado?
Foram apontados como desafios e entraves a falta de união entre as mulheres. Observou-se que é necessário mantê-las organizadas e unidas para que possam lutar por igualdade salarial, reconhecimento da jornada tripla e contra a criminalização dos sindicatos.
Quais os caminhos para superá-los?
Como superação, o grupo apontou a necessidade de caminhar lado a lado uma da outra, de forma organizada e coletiva. O trabalho de base foi colocado como a principal saída para superação dos entraves supramencionados, este devendo ser feito em grupo e de forma individual com as trabalhadoras assalariadas.
Foi identificado que o diálogo é ponto essencial para construção de um coletivo forte com as mulheres do Rio Grande do Sul, que seja amplo e que apresente pautas e provocações para possíveis debates, respeitando as mulheres de todas as diversidades e suas complexidades.
A participação feminina no Legislativo também foi colocada no debate. A presença das mulheres nos espaços de poder, bem como em assembleias sindicais e conselhos municipais, é essencial para viabilidade do desenvolvimento das pautas e garantia dos direitos das mulheres.
Para as assalariadas rurais, a formação sindical é o ponto-chave e mais estratégico para que as trabalhadoras possam se reconhecer e conhecer o ambiente que lhes permeiam, tornando-as capazes de falar sobre a pauta nos espaços que ocupam.
Quais parcerias podemos buscar?
FETAR, CONTAR e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A oficina teve a participação de Sara Deolinda, do Ministério das Mulheres e Adriana Marcolino do DIEESE.
FONTE: FETAR RS