NOTA: Diante da crise, é hora de proteger os empregos e defender a soberania nacional
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB RS avalia com otimismo as medidas anunciadas pelo Governo Federal para enfrentar a crise provocada pela absurda e injustificada taxação sobre exportações brasileiras, imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A resposta do governo Lula sinaliza compromisso com a soberania nacional, com a indústria brasileira e com a preservação dos empregos.
A CTB RS, junto às demais centrais que integram o Fórum das Centrais Sindicais no Rio Grande do Sul, firmou parceria com o DIEESE para acompanhar de perto os impactos da medida sobre a economia e o mercado de trabalho no estado. A crise é grave e afeta diretamente empresas, trabalhadores e toda a sociedade gaúcha. Por isso, defendemos a imediata instalação de um Comitê de Crise Estadual para monitorar a destinação dos recursos federais, garantindo que créditos e isenções estejam condicionados à manutenção dos empregos e dos salários.
Também consideramos fundamental que os produtos atingidos pelas restrições, como a carne e os calçados, possam ser redirecionados ao mercado interno.
Não podemos ignorar que esta crise foi agravada por interesses político-ideológicos e antinacionais. É inadmissível que parlamentares brasileiros, como Eduardo Bolsonaro, atuem no exterior contra os interesses do país, promovendo chantagens e sabotagens institucionais em favor de criminosos que atentaram contra a democracia brasileira. Isso atinge o setor produtivo, causa instabilidade econômica e penaliza o elo mais frágil da cadeia: o trabalhador.
A CTB RS reitera sua disposição para dialogar com o setor patronal e com os governos federal e estadual, contribuindo para a construção de soluções urgentes e efetivas.
Esse esforço deve ser realizado por meio de um grande pacto nacional envolvendo trabalhadores e empresariado, com acordos referendados em assembleias, garantindo total transparência aos trabalhadores sobre os riscos e alternativas diante da atual conjuntura.
Por fim, caso a crise persista, é imprescindível que o governo amplie suas ações e implemente medidas mais robustas de proteção ao emprego e à renda, a exemplo do que foi feito durante a pandemia da Covid-19. A preservação dos postos de trabalho deve ser prioridade absoluta neste momento de incertezas e ameaças externas.
Rodrigo Callais
Presidente da CTB RS
14 de agosto de 2025
