Núcleo da CTB de trabalhadores municipais de Porto Alegre lança manifesto e convoca à unidade para derrotar o governo Melo

 Núcleo da CTB de trabalhadores municipais de Porto Alegre lança manifesto e convoca à unidade para derrotar o governo Melo

Patrim™nio Hist—rico e Cultural de Porto Alegre, o Mercado Pœblico foi inaugurado em 1869 para abrigar o comŽrcio de abastecimento da cidade. Tombado como um Bem Cultural, passou entre 1990 e 1997 por um processo de restaura‹o, agregando mais qualidade a sua estrutura e recuperando a concep‹o arquitet™nica original. AlŽm de oferecer bons produtos, o Mercado Pœblico tambŽm atua como espao para manifesta›es culturais e comunit‡rias. FOTO: Jefferson Bernardes/ PMPA

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O núcleo da CTB de trabalhadores e trabalhadoras municipais de Porto Alegre lançou nesta semana o manifesto “CTB Municipária – Unir forças para derrotar o governo Melo”, documento que denuncia o desmonte das políticas públicas promovido pela atual gestão municipal e convoca a categoria municipária e a sociedade porto-alegrense a construir uma ampla frente de resistência em defesa dos serviços públicos e da democracia.

O manifesto expressa preocupação com os rumos da capital gaúcha, que, segundo a entidade, vem sendo alvo de uma política neoliberal que enfraquece o serviço público, retira direitos de servidores e prioriza interesses privados em detrimento do bem comum. “Porto Alegre está sob ataque. O prefeito Sebastião Melo governa contra o povo, vendendo o patrimônio da cidade e destruindo as políticas públicas essenciais”, afirma o texto.

Privatizações, precarização e ataques aos direitos

Entre os principais pontos de crítica, o documento destaca a ofensiva privatista do governo Melo, especialmente em áreas estratégicas como educação, saúde, assistência social e saneamento básico. De acordo com o manifesto, a gestão atual tem implementado medidas sem qualquer diálogo com a população, ignorando os impactos sociais e desmontando estruturas públicas consolidadas.

Na educação, por exemplo, a CTB denuncia o fim da gestão democrática nas escolas municipais, o fechamento de turmas, a falta de professores e funcionários, obras inacabadas e a precarização dos serviços terceirizados de limpeza, nutrição e portaria. O setor da saúde segue a mesma lógica, com terceirizações, falta de insumos, más condições de trabalho e escassez de profissionais.

O manifesto ainda chama atenção para os ataques ao plano de carreira dos municipários, às ameaças ao PREVIMPA e ao crescimento do assédio institucional, que tem afetado diretamente a saúde mental dos trabalhadores e trabalhadoras do município.

Simpa precisa se renovar, diz CTB Municipária

A CTB também propõe uma reestruturação do Simpa, sindicato da categoria municipária. O documento afirma que o atual modelo de gestão da entidade se esgotou diante do cenário de retrocessos vivenciado na cidade. “É hora de refundar o Simpa com uma nova proposta de organização sindical, mais próxima da base, mais combativa e capaz de unificar a categoria em torno da defesa dos direitos e da valorização do serviço público”, defende a central.

Para isso, o manifesto propõe uma “aliança ampla e efetiva” entre trabalhadores, movimentos sociais e demais setores comprometidos com a democracia, a justiça social e a soberania popular. “A unidade é a nossa bandeira de esperança e a chave da nossa vitória”, destaca o texto.

Da luta local à pauta nacional

O manifesto da CTB Municipária também insere a luta porto-alegrense em um contexto nacional mais amplo, reafirmando o compromisso da central com a defesa de pautas estruturantes para a classe trabalhadora. Entre as bandeiras listadas estão:
• Fim da jornada 6×1, sem redução de salários;
• Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil;
• Tributação sobre grandes fortunas;
• Combate à reforma administrativa em tramitação no Congresso Nacional;
• Valorização dos serviços públicos;
• Defesa dos direitos das mulheres, da população negra, da comunidade LGBTQIA+ e da juventude trabalhadora.

Um chamado à ação

A CTB encerra o manifesto com um chamado à mobilização. “É chegada a hora de darmos um passo à frente e avançarmos na consolidação de uma grande aliança. Confiamos na disposição de luta da categoria municipária e em sua capacidade de construir uma Porto Alegre mais justa, solidária e democrática”, afirma a central.

O documento será base para uma série de ações, debates e articulações nos próximos meses, com o objetivo de fortalecer a organização dos municipários, ampliar a pressão popular e consolidar um projeto alternativo de cidade, comprometido com o bem comum e com a valorização dos serviços públicos.

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