O peso da luta no lombo de quem trabalha – Por Douglas Benites*
Não posso desacreditar o movimento de trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Já escrevi sobre o apelido que nos entregaram: “Entregadores”. É uma falta de respeito total à nossa história, à organização coletiva dos motociclistas e ciclistas profissionais do Brasil.
Não somos entregadores, somos motofretistas e mototaxistas como regulamenta a lei 12009 de 2009, assinada por Lula em seu segundo mandato.
Acreditar que o Governo Federal irá permitir que as empresas continuem explorando nossa força de trabalho sem os nossos direitos garantidos por lei e acordos coletivos com os sindicatos do Brasil, é o mesmo que criar um movimento fora de ordem representativa que trará frutos positivos aos trabalhadores e trabalhadoras concomitante a negociação tripartite que já está em andamento.
O peso da luta no lombo de quem trabalha, é voltar para casa sem dinheiro, sem garantias, sem alimentação, jornadas de trabalho desumanas, por muito tempo desta maneira e não se aposentar com saúde.
Motivos óbvios para forçar a classe trabalhadora, a mesma classe trabalhadora que elegeu Lula pela primeira, segunda e terceira vez. A mesma classe trabalhadora das Diretas Já. A Classe trabalhadora que nos trouxe a constituição de 1988 e outros vários momentos de glórias no Brasil.
A nossa necessidade de organizar é permanentemente ativa, constantemente emergindo das cicatrizes da exploração do trabalho. Iremos unidos conquistar o enquadramento das empresas que utilizam aplicativos para mascarar vinculo de emprego e sonegar direitos no Brasil. Unidos venceremos e cuidaremos uns dos outros. Paz entre nós.
- Douglas Benites – Delegado Sindical SindimotoRS