4ª Cavalgada dos Metalúrgicos e Metalúrgicas vai celebrar o tradicionalismo gaúcho

 4ª Cavalgada dos Metalúrgicos e Metalúrgicas vai celebrar o tradicionalismo gaúcho
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João de Almeida Neto é atração confirmada desta quarta edição. A Cavalgada, que vai acontecer dia 28 de setembro, tem o objetivo de manter viva a cultura gaúcha e vai homenagear com o troféu Vilson Fontes, personalidades ligadas ao tradicionalismo: Pricila da Silva, Cassiano Boff, Deise Gomes Fontes e Marco Véio são os homenageados deste ano.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região realiza no dia 28 de setembro, um sábado, a 4ª Cavalgada dos Metalúrgicos e das Metalúrgicas. A concentração terá início às 7h30 da manhã no estacionamento da Vila Poliesportiva da Universidade de Caxias do Sul. Perto das 8h30 os cavaleiros saem carregando a Chama Crioula em direção ao Clube do Trabalhador, a Sede Campestre da entidade, localizada no Travessão Cavur, divisa com Flores da Cunha. Ao meio-dia, a cavalgada chega ao destino, quando acontece a cerimônia de premiação dos homenageados deste ano e posterior churrasco. Às 13h acontece show com João de Almeida Neto.

Em 2023 um total de 180 pessoas, entre cavaleiros e grupos de apoio, participou da Cavalgada.

4ª Cavalgada dos Metalúrgicos e Metalúrgicas

Dia 28 de setembro de 2024 (sábado)

7h30 Concentração com café na Vila Poliesportiva da UCS
8h30 Saída em direção ao Clube do Trabalhador
12h Churrasco de boas vindas
13h Show com João de Almeida Neto

  • Almoço liberado para os cavaleiros. Apoio e demais participantes podem adquirir o ingresso no local no valor de R$ 35,00

Conheça os homenageados da 4ª Cavalgada dos Metalúrgicos e Metalúrgicas com o Troféu Vilson Fontes:

Pricila da Silva. Natural de Nova Petrópolis, Pricila nasceu no dia 13 de abril de 1982. Filha de João da Silva e Neli Terezinha Pereira da Silva. Os irmãos e irmãs são: Marilei, Cleir, Selma, Sonia, Rita, Davi, Simone e Eliane. É casada com Elisandro da Conceição e tem dois filhos, Marlon e Erick. E dois netos: Castiel e Edward. Há 26 anos, Pricila inicia pela artística no CTG Galpão Serrano de Flores da Cunha, junto com o marido. Mas ela entrou mesmo de cabeça no mundo tradicionalista há cinco anos. Após uma crise depressiva, o marido prometeu dar um cavalo de presente. Procuraram em vários lugares. Até que um dia chegou um amigo do esposo e disse: eu tenho uma égua… está largada a campo. Ela estava perto do Apanhador, abandonada, pois era muito braba. Pricila não sabia andar, não sabia o que era um cavalo. Mas aí surgiu a Dona Balaca. “A gente carregou ela num reboque. Quando chegamos, o Paulo Cunha, que entende de cavalos, olhou para mim e disse: Priscila, tu não vai conseguir trabalhar com essa égua, ela é muito braba.” Pricila conta que na hora se assustou mas disse. “Deus me deu… ela é para mim.”

E a intuição de Pricila estava certa. Foi uma ligação muito forte. Com a Balaca participaram de piquete de laço, conheceram várias pessoas que ensinaram a laçar. Começou a se envolver na campeira, nas cavalgadas, a ir nos rodeios e a bater fotos. Hoje todo mundo sabe quem é a Balaca quando ela chega no rodeio. Todo mundo conhece a Balaca quando ela está numa cavalgada. Após esses cinco anos, o nome dela foi construído também através de redes sociais. “Com ela eu entro numa cancha, eu faço baliza, rédea, eu faço tudo o que eu precisar. Ela me responde, ela me retorna. Eu tenho orgulho de vestir uma bombacha, de botar um lenço e um chapéu. Porque dizer que é gaúcho é fácil. Agora, tu amar aquilo que faz para ser um gaúcho, é para poucos.”

Sobre ser homenageada na Cavalgada dos Metalúrgicos, Pricila diz ser uma honra. “Do fundo do meu coração, já estou dando o meu melhor, já estou convidando no boca-a-boca. Parabéns por vocês fazerem este evento. Eu sou grata, juntamente com a Balaca por esta oportunidade. Dia 15 estaremos aí, fazendo a maior bagunça.”

Deise Gomes Fontes. Nasceu em Vila Seca, distrito de Caxias do Sul, no ano de 1990. É filha de Vilson Alves Fontes e de Roza de Fatima Francisca. O amor às tradições gaúchas vem da infância. O pai laçava nos torneios e a levava junto, desde pequena. Deise também já participou de vários CTG’s. Tem duas éguas, a Audaciosa da Estância Serrana e a Maia. Deise conta que o pai sempre tinha dois cavalos. Um era dele e outro era dos filhos. Por isso, desde bebê ela já andava a cavalo. O pai Vilson Fontes montou um hotel para cavalos no ano de 2011 em Vila Seca. Hotel que a Deise está a frente atualmente como proprietária e administradora, juntamente com a mãe e a irmã: a Hotelaria Vilson Fontes, com capacidade para 18 cavalos. “É muito bom, os cavalos te ensinam muita coisa, a se conhecer, a levar uma vida mais tranquila,” afirma Deise. Ela conta que no hotel é feita reabilitação dos cavalos entre outros serviços. “Ver o proprietário feliz e o cavalo bem é sempre gratificante.”

Deise participou da primeira e da terceira edição da Cavalgada dos Metalúrgicos. O nome do Troféu Vilson Fontes é em homenagem ao pai de Deise. “Eu não esperava ser homenageada, é gratificante demais ser reconhecida pelo legado do meu pai. Não esperava mesmo. Já convidei amigos e quero todos lá participando.”

Marco Véio. Marcos Ramos é motorista. Nasceu em 24 de setembro de 1973. Natural de Caxias do Sul, é filho de Cidelcino Ramos e Amélia Borges Ramos. Casado com Raquel Andreia Ramos e pai do Felipe João Ramos, de 18 anos e da Fernanda Andreia Ramos, de 28 anos. Começou a fazer cavalgada com a turma de amigos. Mas se perguntar para essa turma se conhecem o Marcos Ramos, quase ninguém vai saber quem é. Agora, se perguntar sobre o Marco Véio, aí todo mundo conhece. Ele conta que o Marco Véio ficou mais popular por causa de um vídeo que postou nas redes sociais onde aparece pilchado andando de bicicleta, com uma mochila e uma cachorra dentro da mochila. A cachorra no caso se chama Tradição, e é da raça pastor australiano, acostumada a lida no campo. O vídeo, ao estilo do famoso outro vídeo do Marco Véio do carrinho de lomba, fez muito sucesso e o apelido pegou. Ao todo, Marco Véio tem 10 cachorros e dois cavalos, o índio e o Pudim.

Marco Véio é vice patrão do CTG Imigrantes e Tradição. “Comecei levar a Fernanda, minha filha com 5 anos, para dançar. Ela dançou até os 18 anos. Depois o Felipe também pequeno. Hoje com 18 anos ele dança e é instrutor também,” conta Marco com orgulho de estar passando adiante o amor pela cultura gaúcha.

“Meu sogro que é laçador que me convidou. Quando comecei namorar minha esposa, eu ia junto nos rodeios. Comprei um cavalo em 1998 para minha filha e a partir daí começamos a participar de cavalgadas.” Marco já participou de várias cavalgadas e está em três grupos diferentes. “É muito bom estar um uma cavalgada. Todo mês participo de uma.”

Sobre ser homenageado nesta edição, ele conta que ficou surpreso. “Ano passado quando me avisaram que eu seria homenageado, eu fiquei surpreso e foi uma emoção muito grande. Sou o simples Marco Véio, mas disseram que eu mereço, porque estou em todas. Sou brincalhão nas cavalgadas, levo o radio, canto. Deve ser por isso que me convidam.” Entre os convidados de Marco Véio para participar está o genro Cristopher, que também gosta do tradicionalismo e a noiva do filho a Sofia, também vai participar da 4ª edição da cavalgada. E tem ainda a netinha, a Antonela, de seis meses, que vai participar pela primeira vez de uma cavalgada. “Nem que seja na concentração, pra já ir vivendo desde pequena o tradicionalismo.”

Cassiano Boff. Cassiano Ricardo Boff é veterinário. Natural de Caxias do Sul, nasceu em 14 de agosto de 1977. É filho de Rui Fernando Casemiro Boff e Leane Antonieta Giacomet Boff. O pai costumava participar de cavalgadas e quando Cassiano tinha 12 anos, a família comprou o primeiro cavalo. Ele conta que sempre participou de cavalgadas. “Nos desfiles da Semana Farroupilha em Flores da Cunha é que tenho minhas primeiras memórias de cavalgadas,” relembra Cassiano. Então teve início toda sua trajetória, não só de amor às tradições gaúchas, mas no que viria a ser a sua exitosa profissão. Ele se formou em medicina veterinária no ano de 2009. É especialista em clínica equina.

Ele também é criador de cavalo árabe desde os 14 anos. Hoje cria o cavalo campeiro. Desenvolve o tradicionalismo através do cavalo campeiro que é nativo do Rio Grande do Sul. Raça ameaçada de extinção que Cassiano luta para preservar. Além disso Cassiano tem éguas campeãs nacionais.

Cassiano conta com orgulho que a filha Valentina de Carli Boff, de 17 anos, vai participar da Expointer em provas de tambor e baliza com cavalo árabe. “ Ela quer fazer medicina mas pensando quem sabe em ser veterinária,” diz Cassiano mostrando que já está deixando um legado.

Sobre a homenagem na 4ª Cavalgada dos Metalúrgicos, ele destaca que gostou muito da lembrança. “Primeira vez que sou homenageado. Me dou muito bem com o pessoal do Sindicato. Trabalho desde a primeira edição como veterinário. Acompanhei todas as Cavalgadas dos Metalúrgicos, a cavalo em todas,” conta Cassiano dizendo que nesta edição a filha Valentina vai participar, principalmente por se tratar de um momento tão especial para ele.


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