Centrais Sindicais rechaçam proposta patronal e defendem valorização do Salário Mínimo Regional

Em reunião realizada nesta quinta-feira, 10, na Secretaria do Trabalho do Rio Grande do Sul, representantes das centrais sindicais, entre elas a CTB-RS, voltaram a pressionar o governo e os setores empresariais por um reajuste justo do Salário Mínimo Regional. O encontro contou com a presença do secretário da pasta, Gilmar Sossella, além de representantes das entidades patronais e do Fórum das Centrais Sindicais.
Na ocasião, causou indignação a proposta inicial apresentada pelo setor empresarial: reajuste zero e até mesmo a extinção do piso regional. Após resistência firme das centrais, os representantes patronais recuaram e sugeriram um índice de até 3% de aumento – valor ainda considerado extremamente insuficiente diante das perdas salariais acumuladas nos últimos anos.
A CTB-RS e demais centrais reafirmaram a defesa de um reajuste que leve o Salário Mínimo Regional a 1,28 vezes o valor do salário mínimo nacional, o que equivaleria a um aumento de aproximadamente 17%. No entanto, para demonstrar disposição ao diálogo, as centrais apresentaram uma nova proposta, considerada equilibrada e justa: reajuste correspondente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado no ano, somado ao crescimento da economia gaúcha em 2024, que foi de 4,9%. O cálculo resultaria em um reajuste de cerca de 9,7% a 9,8%.
“Essa proposta permite recuperar parte das perdas impostas aos trabalhadores e trabalhadoras nos últimos anos e representa uma valorização mínima para quem constrói a riqueza deste Estado todos os dias”, afirmou o presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, presente na reunião.
O Salário Mínimo Regional impacta diretamente mais de 1,3 milhão de trabalhadores e trabalhadoras no Rio Grande do Sul, especialmente nos setores que concentram empregos de baixa remuneração. Para a CTB-RS, a valorização do piso regional é uma questão de justiça social, distribuição de renda e desenvolvimento econômico sustentável.
“A luta continua. As centrais seguirão mobilizadas e articuladas para garantir um reajuste que valorize a mão de obra gaúcha e enfrente o descaso com os direitos da classe trabalhadora”, completou Vidor.


