Quadro social contemporâneo: Por Douglas Benites – Sindimoto RS
No atual quadro social, provamos a essencialidade de nossa atividade profissional, no momento pandêmico durante o isolamento social no Brasil e no mundo. Atividades que não podem parar de forma alguma, como área da saúde, segurança e entre outras.
Nós os motociclistas profissionais, regulamentados na lei 12009/09, popularmente conhecidos como motoboys, somos a categoria que evoluiu na necessidade de atender e servir com mais alcance e maior número de ‘entregas’ simultaneamente. E é por isso que nos chamam de ‘entregadores/as’, por traz deste apelido ideológico e de fato um apelido mal intencionado, afim de romper a identificação dos trabalhadores que surgiram ao longo dos anos 90, com os trabalhadores que atuam no ‘trecho’ após a reforma trabalhista de 2017. Sendo assim dificultando a comunicação de identidade profissional, a informação de qualificação e prevenção. Aliás a prudência no trânsito é uma questão cultural, que deve ser transmitida de uma geração para a outra. Tiraram isso de nós através dos avanços tecnológicos, uberização, industrialização 4.0 ou plataformização dos trabalhadores e trabalhadoras.
Na atual conjuntura poderíamos descrever a revolução das teles gaúcha como um manifesto legítimo e representativo da categoria, dos anseios e da resistência dos trabalhadores e trabalhadoras, a necessidade de unidos construir a notoriedade pública de nossos problemas sociais e econômicos, problemas encontrados em longas jornadas de trabalho e sonegação de direitos.
O Sindimoto RS através de sua atuação, imprescindível e fundamental garantindo estruturas e meios de comunicação a nível municipal, estadual e federal. Dentro da legalidade evitamos diversas tragédias, organizando e lutando para garantir o direito dos trabalhadores e trabalhadoras. A discussão sobre enquadrar as empresas que utilizam de aplicativos e plataformas, a regulamentação de nível nacional é resultado de muita vida ceifada no trânsito, o asfalto vermelho com nosso sangue, nossa carne ardida, nossa saúde vendida e alugada, por migalha.
Somos irmãos e irmãs, trabalhadores e trabalhadoras, motociclistas, motofretistas, mototaxistas e ciclistas profissionais. Nossa luta não é por uma estátua de ouro em praça pública. É por justiça social, igualdade e nossa dignidade. Classe trabalhadora UNIVOS.
DOUGLAS BENITES
Diretor Sindimoto RS
